7 de março de 2012

Esta sou eu e tu quem és?

Eu não sou perfeita, e sou a pessoa mais consciente disso. Por exactamente ser imperfeita queria ser outra pessoa mudar aspectos em mim. Deixar de ser sentimental, confusa, insegura, desastrada e ser confiante, segura, mais fria, saber ignorar. Gostava de ter um corpo perfeito e cabelo sempre fantástico como as famosas nas passerelles, gostava que ao passar na rua não passar por uma rapariguinha mas sim por uma pessoa atraente, gostava de dar bem com toda a gente, de não ter que lidar com as aparências.
Mas depois regresso à Terra...
Não sou confiante em mim mesma, não sou insensível, choro facilmente, não tenho um corpo de sonho. Contudo sou real, esta sou eu, se não fosse assim não era eu. Posso estar rodeada por defeitos as são eles que me definem. Posso ser a pessoa mais madura que conheces num momento e no momento a seguir a mais infantil de sempre. Posso ter boas atitudes e atitudes repreensíveis. Sou um misto de coisas, coisas contraditórias mas eu sou assim sabes?
Posso não ser a melhor pessoa mas orgulho-me de ser assim pois não tenho medo de me mostrar ao Mundo sem uma máscara e ser totalmente eu. E há um facto que temos que admitir ninguém é perfeito.
Sei que não sou melhor que ninguém mas não tenho medo demonstrar o que sinto e ser directa com quem está ao meu lado.

E tu quem és?

1 comentário:

  1. Gostava de por comentar todas as publicações como vou fazer agora, com tempo e compreensão pelo que escreves. Bom, antes demais felicito-te pela vontade de dares a conhecer, publicamente, os teus medos; mostrares a tua insatisfação.
    Podia dar a minha opinião, pessoal, sobre pessoas famosas desfilando beleza (discutível), mas não quero entrar por aí, pois cada um tem os seus interesses e preferências.
    É de facto impressionante a quantidade de pessoas que se vêem oprimidas sexualmente pela moda e pela imprensa cor de rosa. Em certa parte essas pessoas que desfilam e envergam roupas caras...muitas delas são produzidas para os próprios da mesma classe. Essas mulheres de corpo perfeito e cabelo sempre fantástico são também produtos para uma classe, classe alta.
    Defendo a ideia que a mulher continua a ser usada como um objecto de prazer sexual e de sensualidade. A própria moda estabeleceu padrões...se amanha me disserem que vou conhecer uma pessoa e essa pessoa é uma modelo, eu, à partida já a consigo imaginar....os parâmetros não apresentam muitas assimetrias entre as modelos, ou seja, altas; magras; bijutaria; cabelos tratados quase de forma arquitectónica. E esta é a forma de vender...porque é isso que importa. Hoje, muitas das modelos que morreram anorécticas, certamente, pensavam duas vezes.
    Defendo que, a natureza não perdoa. Há os mais atraentes e os menos atraentes, mas não como as pessoas que desfilam...elas têm a cultura sobre elas...a cultura que as obriga a ser magras, a não ser mães, a não poder saborear o prazer de pratos; etc. É errado pensar que se fosses como elas serias feliz...garanto-te....é um estado de alienação. Elas talvez sofram depressões como mais que ninguém...têm que negar muita coisa, sem esquecer a competição entre elas.
    É triste que assim o tenha de ser...aliás hoje em dia ,“deixamos de ser para ter”, somos aquilo que temos.
    Compreendo o teu ponto de vista, não está em questão querer ser uma modelo. Não és perfeita, ninguém o é. Aliás a perfeição aborrece...na minha opinião.
    Sabes o que acontece quando um homem latino viaja para uma terra, tipo Suécia? (Sem generalizar) Passa a ser uma presa para tantas predadoras loiras.
    Cresces-te num Mundo onde a imagem reina...sinceramente hoje na tv quem tem talento? Quem na tv não tem disponibilidade financeira para frequentar ginásios e tratamentos estéticos? Há um conceito sociológico “Pós-Humano”, que retrata bem isto...as próteses, pirciengs, extreminadores, vampiros, etc, etc. Tentativas do homem controlar a natureza. Tu melhor que ninguém sabes que a natureza é forte! Todos anos são novas gripes, constipações, doenças (se é que posso dar estes exemplos). Nós até criamos antibióticos e remédios, mas tornamos esses vírus cada vez mais fortes pois eles renovam-se.
    Cada vez, mais, partilho a ideia de vários autores quando dizem que devíamos não esquecer o fim que nos une a todos, a morte. Pensar que vamos morrer um dia, transforma a nossa maneira de pensar...em certos momentos, quando preciso de tomar uma decisão penso nela. Lembras-te “carpe diem”?
    Quando estamos divertidos não nos lembramos dela, esquecemos-nos. Mas penso que a deveríamos ter sempre em consideração, porque inevitavelmente só nos motiva a viver.
    Quero com isto tudo, dizer... está tudo tranquilo! ;-)
    Terminas com uma pergunta interessante, eu gosto. Tem muitas formas de ser respondida, tenho uma muito fixe! Na verdade ela não é da minha autoria, mas é classe :D (vou deixar o vídeo no teu mural do facebook).
    Está foi a minha opinião, e força para escreveres mais textos :)

    Obrigado, Ivo Xavier.

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